10/05/2008

James

Quanto mais puxo por ti, mais morto tu estás.
Dizes que é por seres pesado, mas a verdade é que não te sinto com vontade de ergueres a alma.
Arrastas-te. Já não andas. Porque te acomodaste no hábito de ver passar o tempo e não olhares para o lado.
Continuo a pisar a tua sombra, com medo que me fujas.
Quando dorme o sol, não durmo eu a pensar como te hei-de segurar.

O escuro arrefece e deixo-me ir com ele.
Apercebes-te. Moves-te um pouco. (Ainda te arrastas...)
"Não estás cá", dizes.
Onde terei ido? Onde está o Nós que antes éramos e que agora apenas
és e apenas sou?
Não te deixei. Mas só estou fria quando não te sinto quente.
Se eu sentisse que me sentias...
Podia sentir-me gente.

Sem comentários: